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Mesa-redonda aborda o papel das Ciências Sociais na compreensão das mudanças climáticas. Assista ao vídeo



Para celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente, foi realizada no dia 5 de junho a mesa-redonda "Crises Socioambientais e Mudanças Climáticas: Quais as Contribuições das Ciências Sociais". Mediado por Mariana Chaguri, doutora em Sociologia pela Unicamp, o evento contou com a participação das pesquisadoras Andréa Zhouri, Cristiana Losekann, Edna Castro e Lorena Fleury. 


A mesa-redonda foi realizada com o apoio da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP), da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS), da Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS) e da Associação Brasileira de Antropologia (ABA). 


Andréa Zhouri, professora titular da Universidade Federal de Minas Gerais e fundadora do grupo de Estudos em Temáticas Ambientais (GESTA), iniciou sua fala abordando dois eixos principais do debate sobre mudanças climáticas: o negacionismo científico e as políticas de transição energética


Zhouri destacou os desafios representados por grupos dominantes na política, que frequentemente ignoram demandas sociais e os problemas ambientais, motivados pela manutenção do poder. Ela ressaltou que esses grupos não são ignorantes, mas estão mais interessados em preservar sua influência do que em enfrentar as questões climáticas de maneira eficaz.


Cristiana Losekann, professora associada do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Espírito Santo, trouxe à tona a discussão sobre a presença dos estudos ambientais na Ciência Política. Losekann destacou que, embora a pauta ambiental tenha ganhado relevância nas últimas décadas, a Ciência Política frequentemente a trata como tema secundário, inserido nas agendas tradicionais de pesquisa. 


Ela argumentou que as crises atuais comprovam a importância das questões ambientais. Losekann enfatizou a necessidade de um maior desenvolvimento de comitês de pesquisa e áreas temáticas dedicadas às questões ambientais para que a Ciência Política possa contribuir de maneira mais robusta para esse debate.


Edna Castro, professora emérita da Universidade Federal do Pará, ressaltou a importância da interdisciplinaridade na análise das crises socioambientais e mudanças climáticas. Ela apontou que, apesar dos avanços no debate sobre desenvolvimento nas Ciências Sociais, é necessário retomar discussões mais contundentes sobre os modelos de desenvolvimento e suas implicações ambientais. Castro enfatizou que as causas das mudanças climáticas estão enraizadas em questões profundas do modelo de desenvolvimento atual, e que um debate renovado é essencial para enfrentar os desafios ambientais contemporâneos.


Lorena Fleury, professora de sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, enfatizou a centralidade das mudanças climáticas como uma questão contemporânea incontornável. Fleury argumentou que compreender e enfrentar a emergência climática requer uma análise profunda das relações entre sociedade, natureza e tecnologia. Ela destacou a importância de se ter um olhar interdisciplinar e crítico para desenvolver respostas efetivas.


A mesa-redonda oferece uma visão abrangente sobre os desafios enfrentados pela ciência política ao lidar com questões ambientais. As palestrantes trouxeram reflexões sobre a importância de integrar diferentes disciplinas e perspectivas para entender e abordar as crises socioambientais.


Assista ao vídeo completo no YouTube.


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